“Morte e vida Severina”

Morte e vida Severina PNC

Sessão no Pequeno auditório da ESA com um filme-poema Magnífico!

Vale a pena descobrir este maravilhoso poema trágico de João Cabral de Mello Neto, escrito entre 1954-55,e adaptado de forma belíssima por Afonso Serpa ao cinema de animação.

«(…) Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte Severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte Severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
(…)»

curta2severina2severina 3severina 4Título: Morte e vida Severina
Realizador: Afonso Serpa
Voz: Gero Camlo
Música: Lucas Santtana
Produção: TV Escola / OZI / FUNDAJ – Fundação Joaquim Nabuco
Outros dados: Brasil, 2010, 52

Eis o que a Maria Gabriela Correia e a Maria Leonor Soares, do 9.º C escreveram a propósito do filme:

«Na nossa opinião, a curta metragem mostra-nos que o que acontece depois da morte é insignificante, logo torna-se insignificante, morrer ou cometer suicídio.
Questionamos: Então para quê continuar a viver?, mas ao mesmo tempo, De que nos serve a morte?
O facto do filme estar a preto e branco realça, não ó a insignificância, mas também como tudo pode ser claro e ao mesmo tempo escuro tanto na vida como na morte. Sendo que o desenho das personagens, dos espaços, de tudo, revela-nos essa banalidade.Ao contrário, do que nos é ensinado…»

 

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