“Em primeiro lugar, convém referir que este filme não foi propriamente feito a pensar na geração com menos de 20 anos. A razão prende-se essencialmente com a minha total estranheza em relação a estas faixas etárias, simplesmente porque no meu dia-a-dia não lido (ainda) com adolescentes. Daí a minha curiosidade perante a reacção deste público.
Durante a sessão achei bastante curioso que estes alunos reagiam mais às cenas dos filmes de Macedo do que propriamente aos depoimentos, o que de certa forma, mostra inequivocamente que estes filmes resistiram aos efeitos do tempo. As perguntas feitas nunca poderiam ser colocadas por adultos, que não teriam coragem para tal, estes jovens estavam verdadeiramente intrigados pelo significado das imagens e por questões práticas que envolvem a produção de filmes.
Foi, sem dúvida alguma, uma experiência revigorante e inspiradora, porque este é o verdadeiro público deste filme, aquele que pode redescobrir, reavaliar e preservar para a posteridade não só o cinema de António de Macedo mas o próprio cinema português.
Como me disseram no final da sessão, um grande bem-haja.”
João Monteiro
Eis o que o realizador João Monteiro sentiu e pensou sobre a sessão do dia 17 de fevereiro no Cinema Teixeira de Pascoaes, com 200 alunos, aquando da exibição, seguida de debate, da sua obra fílmica “Nos interstícios da realidade – O cinema de António Macedo”, 2016. Uma iniciativa no âmbito do Plano Nacional de Cinema e que conta com as parcerias do Cineclube de Amarante e da Câmara Municipal de Amarante.
Muito obrigada, João Monteiro, pelas tuas palavras, pelo teu filme, pela tua vinda ao Cinema Teixeira de Pascoaes/Cineclube de Amarante!
O desígnio maior do Cinema consiste em suscitar a curiosidade, ampliar o conhecimento, desbravar a imaginação e aprimorar o pensar e está em (re)construção.
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[Divulgarei, com a brevidade que me for possível, as inúmeras opiniões dos alunos sobre o filme e a sessão. ]
