Ontem, de manhãzinha, a Paula Teixeira, aluna muito talentosa do 12º ano do Curso de Artes Visuais, dirigiu-se à minha sala e entregou-me uma Carta. O que julguei ser uma missiva sobre a sua/nossa visita à Casa Museu de Vilar, transformou-se numa quase Carta ao Abi Feijó e a mim, antiga professora de Filosofia e Coordenadora do Plano Nacional de Cinema na ESA.
É uma quase carta de despedida da ESA. Quase porque na vida não há despedidas, há lonjura e proximidade. Ruptura e continuidade. Cumplicidades e afetos que resistem à(s) temporalidade(s). Sonhos que se acumulam, se reinventam e se metamorfoseiam. Quase porque os meus (ex) alunos sabem que gosto de continuar a senti-los e porque sei que o seu Fuuturo, que começou ontem, estará sempre teimosamente a desabrochar.
Ei-la:
A Paula conhece-me bem e sabe que adoro cartas manuscritas onde sinto o pulsar caligráfico e cardíaco do seu autor! Muito Obrigada, Paula, pelas palavras com que me presenteou! Guardá-las-ei na minha biografia dos Afectos.

Captured by humanity laces, Paula Teixeira
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[1] A Fotografia é da autoria da Paula Teixeira.