«Por que é que as Artes não têm a dignidade suficiente para serem obrigatórias desde o 1.º ciclo?»
Luís Filipe Rocha
«A escola é o lugar do usufruto do saber, do conhecimento, da aprendizagem. Aliás, etimologicamente significa o lugar do ócio. Portanto, deve estimular a nossa capacidade criadora.»
Guilherme d’Oliveira Martins
«Para que serve o Cinema?
Para continuarmos a caminhar.»
Maria Emília Brederode Santos
«O que pensam que veem do filme e o que veem de facto?»
Pedro Serrazina
«O cinema morrerá porque é uma experiência do/no tempo.»
Margarida Cardoso
«No filme o que interessa não é a história mas a maneira de a contar.»
Jorge Leitão Ramos
A 2.ª conferência realizou-se num espaço repleto de mistério, de história(s), de magia, ou seja, de Cinema. Não creio que houvesse lugar mais bonito. Foi inaugurada pelos ilustres Director e Sub-director da Cinemateca, José Costa e Rui Machado, pela Vice-presidente do ICA, Ana Costa Dias, pelo Secretário de Estado da Educação, João Costa e Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, culminando na responsável máxima do Plano Nacional de Cinema, Elsa Mendes.
Mas a 2.ª conferência continha múltiplas conferências, como se o singular abarcasse o plural. E foi, assim, com um prazer desmesurado que ouvi o administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Guilherme d’Oliveira Martins, o membro do Conselho Nacional de Educação, Maria Emília Broderode Santos, os cineastas, Luís Filipe Rocha, Margarida Cardoso, Pedro Serrazina e o crítico e historiador de cinema, Jorge Leitão Ramos.
Explicar o que foi feito, ao nível do Plano Nacional de Cinema, pela equipa da Escola Secundária/3 de Amarante, desde 2013-14, inventariando a pre-história do PNC na ESA com o Clube de Cinema e as cumplicidades entre a Biblioteca Escolar Secundária Amarante e o Cineclube de Amarante, foi um privilégio.
Apreciei as experiências, interessantíssimas, dos Coordenadores João Católico, do Agrupamento de Escolas de Ovar Sul e da Maria Quinta da Escola Secundária Dr. José Afonso (Seixal).
Como referiu Guilherme d’Oliveira Martins «Educar é partilhar, trocar experiências».
E o almoço, próximo do banquete platónico, foi servido no restaurante da Cinemateca com um nome assaz especial “39 steps”, reenviando-nos para o filme de Alfred Hitchcock, 1935. Talvez porque as conversas sobre o Cinema sejam sempre imprevisíveis e repletas de mistérios.
E o fim do dia só poderia ser um convite à contemplação de duas obras fílmicas: La France (Serge Bozon, 2007) e o intemporal e belíssimo Casablanca (Michael Curtiz,1942).
Aproveito para felicitar a responsável do Plano Nacional de Cinema, Dra. Elsa Mendes, por tão importante iniciativa.
A ESA sente-se muito honrada com este convite. E, para mim, foi um dia profundamente inspirador e enriquecedor!
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Nota Marginal: Não poderei esquecer a extrema disponibilidade e simpatia da Dra. Neva Cerantola da Cinemateca Júnior e do João Oliveira da livraria Linha de Sombra.